"Não tenciono praticar crime de violação de justiça que eu tanto condeno. O que posso dizer é que em algum momento desviei dinheiro do Sporting em meu benefício. Nem em meu benefício nem de terceiros. Isso é o que mais me conforta. Não vou ser conivente para a prática do crime", começou por afimar o antigo vice-presidente leonino.
"Desde a primeira hora, ao contrário de toda a contaminação que foi sendo feita, tenho a solidariedade dos meus colegas do Sporting. Não temos é de andar de braço dado e com juras de amor", explicou.
"Os indícios são elementos que são livres de se interpretar. Não provam nada. Não o Paulo Pereira Cristóvão que está a ser visado de tentativas de assassinato público. No final deste processo todo, não serei eu que estarei a ser posto em causa. É o Sporting", prosseguiu.
"Em 15 meses no Sporting, auferi zero euros, de forma direta ou indiretamente. No Sporting, o vice-presidente só responde ao Sporting. Chama-se hierarquia", atirou.
"Sempre tive a solidariedade de quem estava ao lado de mim. Por muito que queiram vender que a direção do Sporting está partida. Isso é uma falsidade. Desde a primeira hora que a decisão de sair foi minha", esclareceu Pereira Cristóvão.
"Não consigo alimentar a inveja e a hipocrisia. O meu envolvimento no caso Cardinal é nulo. Em nenhum momento mandei alguém depositar dinheiro na conta de um árbitro e não conheço alguém do Sporting que o tenha feito", comentou o antigo vice-presidente dos leões.
"Este frenesim todo em redor do processo faz que tudo se torne menos crível. Se num dia o arguido Paulo Pereira Cristóvão controla tudo, no dia seguinte já não domina", criticou.
"É completamente falso que Rui Patrício tenha sido espiado pelo Sporting. Não estamos a falar de ilegalidade alguma, mas sim única e exclusivamente de proteção de ativos e das suas famílias. Estamos a falar de coisas que o FC Porto tem, o Benfica tem, o Sp. Braga tem"
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